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Como E Feito O Reajustes Do Plano De Saude Bradesco

Contratar um plano de saúde oferece segurança, mas é fundamental entender como e por que os valores da mensalidade podem ser reajustados ao longo do tempo. No caso do plano de saúde Bradesco, existem regras específicas que determinam o aumento das mensalidades — seja por fatores como faixa etária, tipo de plano ou normativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Quem é beneficiário precisa estar atento a essas atualizações para evitar surpresas e manter o controle financeiro.

Neste guia completo, você vai entender:

1. Por que os reajustes existem
2. Tipos de reajuste aplicáveis ao plano Bradesco
3. Reajuste por faixa etária: regras e percentuais
4. Reajuste coletivo: quando e como é aplicado
5. Reajuste contratual e por tipo de plano
6. Quem pode aplicar reajustes e quais normas devem seguir
7. Como consultar e contestar reajustes da Bradesco
8. Dicas para se planejar e evitar surpresas
9. Conclusão


1. Por que os reajustes existem?

Planos de saúde custam caro para operadoras – já que incluem despesas com internações, consultas, exames e até medicamentos. Para manter a viabilidade financeira, oferece-se a figura do reajuste, forma de ajustar as mensalidades em função de:

  • Inflação médica (alta no custo dos serviços de saúde);
  • Envelhecimento dos beneficiários;
  • Alteração de riscos no grupo contratante;
  • Custos administrativos e legais;
  • Normas da ANS, que regulamenta reajustes.

Esses aumentos são previstos em contrato e em normas da Agência. O Bradesco segue regras rígidas para aplicar reajuste de forma transparente aos seus clientes.


2. Tipos de reajuste nos planos Bradesco

Existem quatro tipos principais:

  1. Reajuste por faixa etária — variação conforme idade do beneficiário.
  2. Reajuste coletivo regulado — aplicável a planos coletivos (empresariais e por adesão), com limites anuais autorizados pela ANS.
  3. Reajuste por plano/família — quando o plano coletivo sofre revisão contratual por sinistralidade ou novos ajustes.
  4. Reajuste por piso assistencial — caso a Bradesco inclua reajuste se o plano subir cobertura ou serviços.

Vamos aprofundar cada um.


3. Reajuste por faixa etária

É um dos reajustes mais significativos ao longo da vida.

  • Ao envelhecer, o risco de uso do plano aumenta. Então, a operadora atualiza a faixa etária e o preço renova.
  • Faixas típicas: 00–18, 19–23, 24–28, 29–33, 34–38, 39–43, 44–48, 49–53, 54–58, 59–63, acima de 64 anos.
  • Segundo a ANS, o número de faixas pode variar, mas a operadora segue tabela definida e aplicada após aniversário ou mudança de idade.
  • Embora não haja limite claro de aumento, a lógica é que cada salto de faixa incorpore risco maior.

Ao movimentar-se entre faixas, o beneficiário recebe notificação e pode até trocar de plano com cláusula de portabilidade sem cumprir carência.


4. Reajuste coletivo regulado

Aplica-se a planos coletivos empresariais e por adesão. Características:

  • Reajuste anual, no mês de aniversário da contratação do grupo;
  • Percentual limitado pela ANS, com índice de Reajuste Máximo Anual Coletivo (RMAC);
  • A Bradesco aplica esse índice no valor total e envia aviso 30 dias antes;

Exemplo: se o plano coletivo nasceu em 15 de março de 2024, o próximo reajuste será em 15 de março de 2025, seguindo índice autorizado pela ANS.


5. Reajuste contratual ou por sinistralidade

Por contratos customizados ou grandes grupos, normas incluem:

  • Quando sinistralidade (uso do plano) supera patamares previstos, a operadora define correções específicas;
  • O contrato deve explicar percentuais, periodicidade e limites;
  • A Bradesco estabelece isso para ajustes periódicos de custos, seguindo regras contratuais.

Se você quer contestar, poderá avaliar a sinistralidade do grupo, custos reais e regulamentos da ANS.


6. Reajustadores e regulamentações: quem pode aplicar?

No plano individual/familiar:

  • Reajustes só por faixa etária;

Nos planos coletivos:

  • Reajuste anual sem lei específica;
  • Limites de faixa por sinistralidade devem constar em contrato;
  • ANS controla esses reajustes e define tetos.

A Bradesco, sendo operadora regulada, segue normas da ANS, garantindo que reajustes estejam consonantes com legislação e contrato.


7. Como consultar os reajustes da Bradesco Saúde

Para acompanhar os reajustes:

  1. Verifique o boleto ou site — valores exibem histórico de cobranças e variações.
  2. Fale com a Central de Atendimento (4004 2700 ou 0800 701 2700) — obtenha informações sobre data, percentual, tipo de reajuste e documentos.
  3. Portal do Beneficiário ou App Bradesco Saúde — geralmente mostra data do contrato, próximo reajuste e valor previsto.
  4. Mensagem de correio — operadora envia aviso mínimo 30 dias antes de reajuste coletivo e por faixa.

Caso o valor não faça sentido, veja alternativas na portabilidade ou negociação coletiva.


8. Como contestar ou recorrer de um reajuste

Se você considera o reajuste injusto:

  1. Analise contrato — verifique regras de reajuste por faixa ou sinistralidade;
  2. Solicite justificativa formal — com documentação da operadora;
  3. Consulte a ANS — através de canais de atendimento ou portal “Reclame Aqui ANS”;
  4. Apoie-se no Procon — caso o reajuste seja abusivo ou fora da lei;
  5. Busque orientação jurídica — especialmente em disputas coletivas.

Com dados transparentes, é possível contestar individualmente ou via ações coletivas.


9. Dicas para se planejar e evitar surpresas

Para evitar impacto no orçamento:

  • Acompanhe o histórico de reajustes, comparando anualmente;
  • Avalie mudança de plano — às vezes trocar de plano dentro do Bradesco é mais vantajoso;
  • Portabilidade é uma saída: você pode migrar sem carência dentro de 60 dias após reajuste por faixa ou coletivo;
  • Negocie contrato coletivo — converse com sua empresa sobre opções com índice mais baixo ou sem coparticipação;
  • Prefira planos com coparticipação — isso reduz a mensalidade, mesmo com reajustes.

10. Conclusão

O reajuste no plano de saúde Bradesco acompanha regulamentações da ANS, contratualmente previsto e justificado por custos assistenciais e perfil dos beneficiários. Para o usuário, entender os tipos — faixa etária, coletivo, sinistralidade — e acompanhar notificações são medidas essenciais para manter o controle e evitar sustos.

Se você recebeu reajuste e quer avaliar opções:

  • Analise o índice aplicado;
  • Estude alternativas de negociação;
  • Considere portabilidade ao término do prazo;
  • Em caso de irregularidades, recorra à ANS, Procon ou advogado para defender seu direito.